O ambiente digital trouxe diversos novos desafios em busca da atenção e da confiança do público, cada vez mais exigente e consciente sobre seu consumo. Ao mesmo tempo, o crescimento da tecnologia e da oferta de informação aumentou a longevidade da população. Todas as gerações foram impactadas pela internet e com ela se relacionam em algum grau. São diversos os desafios do profissional de Marketing de frente com 5 gerações e vamos começar a tomar contato com eles a partir de agora.
Tanto o público consumidor de determinada marca quanto o conjunto de colaboradores de uma organização são universos compostos de pessoas que nasceram e cresceram em épocas diferentes. As companhias também sentem dificuldades de adaptar-se ao ciclo de vida mais curto dos produtos, ensejado pela constante mutação das necessidades e dos desejos das gerações mais jovens.
As diferenças na forma de sonhar, no jeito de viver, trabalhar, se expressar, se divertir, priorizar e interagir com o ambiente digital provocam uma série de conflitos entre as pessoas e desafiam marcas e gestores a desenvolver ambientes e comunidades que sejam saudáveis e harmoniosas para todos os públicos. Cada geração também tem preferências e atitudes distintas em relação a produtos e serviços, o que leva os profissionais de marketing a reagir com diferentes ofertas, experiências do cliente e até modelos de negócios
Para entender melhor como integrar indivíduos com idades e pensamentos diferentes, é preciso conhecer melhor cada geração. Por isso, vamos fazer um breve resumo dos principais segmentos.
Os Baby Boomers se tornaram os líderes

A geração que cresceu depois da Segunda Guerra Mundial (nascidos entre 1946 e 1964) prosperou com muitas horas de trabalho, respeito às autoridades, hierarquias e limites determinados pelos superiores em um mundo que começava a conhecer a publicidade e a produção em massa.
O marketing da época era o que Kotler chamou de fase 1.0, com orientação ao produto, evidenciando os pontos fortes e minimizando os fracos. Os produtos e soluções eram divulgados em mídia impressa (jornais, revistas, panfletos…) e através do rádio. Já eram utilizadas trilhas sonoras personalizadas como forma de facilitar o reconhecimento da marca.
Com baixíssima concorrência, a preferência dos consumidores era pelos produtos mais duráveis. No mundo de hoje, essa geração está presente nos cargos de maior importância e também nas posições de entrada das organizações.
A longevidade da população em geral trouxe ao mercado de trabalho um verdadeiro exército de senhoras e senhores que exercem funções administrativas e de prestação de serviços que são pouco procuradas pelos candidatos mais jovens.
Tarefas que exijam foco, disciplina, paciência, capacidade de negociação e execução de processos estão entre as melhores desempenhadas por essa faixa etária de trabalhadores, que ainda podem sentir inseguranças sobre as novas tecnologias e seus métodos de comunicação, aprendizado, trabalho e lazer.
A Geração X reafirma a importância das autoridades e do conhecimento formal

Os nascidos entre 1965 e 1980 deram muito valor aos diplomas e etapas concluídas no trabalho e no âmbito pessoal. Assistiram pela televisão (o grande centro de informação do mundo), pelo rádio e através da mídia impressa as mudanças causadas pela Guerra Fria, pela influência do movimento hippie e da luta por direitos civis.
A busca pela capacitação profissional e a especialização formal diferenciam essa geração da anterior, que não via problema em manter-se na mesma função durante anos. Naquela época surgiram os primeiros influenciadores: estrelas do rádio, da TV e do cinema associando suas imagens aos produtos como forma de atestar a qualidade e confiança nas soluções oferecidas.
O marketing procura atender as demandas do público, esclarecendo, informando, ensinando e emocionando para fidelizar sua audiência. Para cada público uma estratégia pode ser formulada baseando-se na reação dos seus seguidores aos temas e conteúdos propostos.
No ambiente de trabalho são entusiastas da evolução pessoal. Tem uma afinidade maior com as tecnologias atuais, mais ainda com alguma insegurança com relação às constantes atualizações e nas relações com colaboradores mais jovens, sobretudo em cargos de liderança.
Os Millennials (ou geração Y) testemunharam o grande mergulho online

Aqueles nascidos entre 1981 e 2000 acompanharam a imersão digital e as mudanças cada vez mais rápidas na sociedade e no ambiente de trabalho.
A chegada dos computadores pessoais, das impressoras, dos aparelhos de fax, telefones celulares e de reprodutores de conteúdo (toca discos, toca fitas, VHS e DVD) modificaram a relação dos indivíduos com a mídia.
Sem o compromisso com a estabilidade profissional e a construção de uma estrutura familiar, características muito presentes nas gerações anteriores, os Millennials são questionadores, multitarefas, criativos e inconformados.
A busca por novidades e atualizações fez parte do crescimento pessoal dessas pessoas, que lidam com mais naturalidade com a efemeridade e as constantes mudanças do mundo atual. A constante adaptação faz com que essas pessoas tenham menos apreço por estruturas rígidas e imutáveis e maior paixão pelo que fazem e pelo que ainda há de vir.
Os desafios do profissional de Marketing de frente com 5 gerações:
Z é a primeira dos nativos digitais
Os jovens nascidos a partir de 1997 começaram a entrar no mercado de trabalho já familiarizados com a cultura digital. Por não terem conhecido o mundo sem internet, redes sociais e dispositivos móveis, são cosmopolitas e consomem conteúdo de diversas origens e formatos.
Por terem crescido num mundo globalizado e com infinitas possibilidades, lhes parece absurdo trabalhar vários anos na mesma organização executando as mesmas tarefas. A mentalidade disruptiva se mostra através das diferentes maneiras de aprender, trabalhar e se relacionar.
São naturalmente engajados e preocupados com causas sociais, identitárias e ambientais. Por absorverem conhecimento de diversas fontes, é observado um retorno a alguns valores mais conservadores se comparados com a geração X.
As gerações Y e Z estão começando a influenciar os pais Baby Boomers e a geração X em muitas decisões de compra. As empresas precisam encontrar um equilíbrio entre dois objetivos: maximizar a criação de valor no presente e começar a posicionar as marcas para o futuro.
O que vem por aí com a ascensão da Geração Alpha?
A segunda onda dos nativos digitais, nascidos a partir de 2010, ainda não está presente no mercado de trabalho, mas já traz diversos desafios a educadores, familiares e profissionais de marketing que têm como escopo esse público. A hipersegmentação de personalidades chega junto com uma maior flexibilidade, autonomia e capacidade de inovação.
Por serem acostumados a uma realidade multiplataforma, possuem uma grande capacidade de trabalhar em diversos projetos simultaneamente. Por outro lado, a deficiência na capacidade de focar em uma única tarefa durante muito tempo é um problema a ser contornado.
Esses futuros trabalhadores estarão menos preocupados com estruturas hierárquicas verticais e mais com os valores da organização. Acreditar no que fazem e de que modo as marcas se relacionam com eles é o que os move. Por isso, há um enorme número de empresas que estão procurando posicionar suas marcas de maneira adequada para não perderem o ritmo e o fôlego frente às mudanças.
Como integrar toda essa mistura de realidades?
Por mais que mudar para melhor seja satisfatório, não é um processo confortável, mesmo para os mais jovens. É fundamental desenvolver formas de potencializar as capacidades de cada indivíduo, integrando pessoas de diversas épocas, com diferentes capacidades, pelo bem do resultado final.
O modo de aprender, trabalhar, comunicar e consumir pode trazer ruídos nas relações. Sendo assim, é dever dos gestores e profissionais de Marketing criar uma cultura de acolhimento e compreensão para todos os agentes envolvidos.
Para não ficar fora de cena com seus clientes e sua equipe, aposte em quem é especialista. Somos um time multidisciplinar dedicado a pesquisar e desenvolver soluções que superem as expectativas dos nossos parceiros e seus consumidores, não importa de qual geração forem.